sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Adicionar ali algures às listas abaixo (será que alguém lê sequer?)

álbum e faixa


ETA: *algures = praí #30 vá... LOL


quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Melhores Filmes 2009-2011

Uma vez que as distribuidoras nacionais (e não só) fazem-nos esperar meses e meses por filmes, alguns dos melhores filmes de 2009 estrearam por cá em inicios de 2010 e alguns dos melhores filmes de 2010 estrearão só em 2011, na melhor das hipóteses. Sendo assim, pensei fazer um top 10 desta vez que reflectisse os filmes que efectivamente vi ao longo deste período nos cinemas e não só. Como os amaricanos dizem: "no filler, all killer".

10. An Education (Lone Scherfig, 2009)


9. I Am Love (Luca Guadagnino, 2009)


8. Mother and Child (Rodrigo García, 2010)


7. Black Swan (Darren Aronofsky, 2010)


6. The Kids Are All Right (Lisa Cholodenko, 2010)


5. Toy Story 3 (Lee Unkrich, 2010)


4. Dogtooth (Giorgos Lanthimos, 2009)


3. A Single Man (Tom Ford, 2009)


2. Bright Star (Jane Campion, 2009)




*drumroll*

































1. Never Let Me Go (Mark Romanek, 2010)



aproveito para desejar aos quatro habituais leitores (os outros dois terão morrido já) uns votos de Boas Festas, e que 2011 nos traga coisas boas, porque nós merecemos. E mesmo que não mereçamos, elas que venham. Portem-se mal, mas não se esqueçam de escovar bem os dentes e usar fio dentário (ou será fio dental?) todas as noites ok? Inté pro ano :)


ETA: Sai Inception, entra Mother and Child, heh.

domingo, 19 de dezembro de 2010

Nostalgia

Há filmes que ultrapassam qualquer critério simplista de avaliação, simplesmente porque foram aqueles que marcaram o nosso crescimento, de tal modo que ainda hoje nos surpreendemos como é que foram/são tão mal encarados. E sempre que dão na televisão, ficamos a vê-los, lembrando-nos exactamente de cada cena, cada gesto, tal foi o que assimilámos. Lembro-me imediatamente de três: "Switch" do recentemente falecido Blake Edwards, "My Girl" com o Macaulay Culkin a beijar uma instantaneamente famosa Anna Chlumsky (um caso gritante de "Onde é que pára...?"), e este "Point of No Return", magnífico remake de "Nikita" de Luc Besson, com uma espectacular banda sonora de Hans Zimmer misturada com temas de Nina Simone (terá sido certamente a primeira vez que ouvi falar dela):

Neste caso, é talvez ainda maior o fascínio, uma vez que da primeira vez que apanhei o filme (antes de ver o original, claro), a gravação tinha parado pouco depois desta cena. E portanto, voltava a rever o filme e a imaginar o que podia acontecer a seguir...

P.S. - existe alguma possibilidade da Bridget Fonda voltar ao ecrã? (e que traga também a tia com ela, já agora) :(


quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Música 2010 - II (álbuns)

Principais choques do ano: 

- A presença indirecta de David Guetta no top, via "Flesh Tone" de Kelis. 
- KT Tunstall a virar-se para a música electrónica tribal, em algo que se chamou "nature techno" lol, e a safar-se espectacularmente bem - não tivesse o ano sido o melhor que me lembro (e também o que ouvi mais música), e estaria uns lugares mais acima... 
- Apenas uma mulher no top 5  (Laura Marling em 3º) :D embora no top 30 haja mais mulheres/bandas com mulheres vocalistas que homens (17 vs. 13). 


 
30. Bryan Ferry - Olympia
29. Crystal Castles - Crystal Castles II
28. Diamond Rings - Special Affections
27. Yeasayer - Odd Blood
26. Sufjan Stevens - All Delighted People (EP)
25. John Grant - Queen of Denmark 
24. OMD - History of Modern
23. New Young Pony Club - The Optimist
22. Kelis - Flesh Tone
21. KT Tunstall - Tiger Suit

20. Natalie Merchant - Leave Your Sleep 

19. School of Seven Bells - Disconnect from Desire

18. Charlotte Gainsbourg - IRM

17. Erykah Badu - New Amerykah Part II

16. Scissor Sisters - Night Work

15. Jónsi - Go

14. Janelle Monae - The Archandroid

13. Zola Jesus - Stridulum/Stridulum II

12. Robyn - Body Talk

11. Laurie Anderson - Homeland

10. Beach House - Teen Dream

9. Massive Attack - Heligoland

8. Joanna Newsom - Have One on Me

7. Glasser - Ring

6. Goldfrapp - Head First

5. Hot Chip - One Life Stand

4. Royksopp - Senior

3. Laura Marling - I Speak Because I Can

2. Owen Pallett - Heartland

1. Sufjan Stevens - The Age of Adz

banda sonora: Rachel Portman - Never Let Me Go 

álbum nacional : Deolinda - Dois Selos e um Carimbo (também confesso que foi o único que ouvi com atenção)



domingo, 12 de dezembro de 2010

musica em 2010 - I (faixas)

1. Massive Attack (feat. Hope Sandoval) - Paradise Circus
2. Owen Pallett - E is for Estranged
3. School of Seven Bells - ILU
4. Robyn - Dancing on my Own
5. Crystal Castles - Celestica
6. Bat for Lashes and Beck - Let's Get Lost
7. Sufjan Stevens - I Want to Be Well
8. Scissor Sisters - Invisible Light
9. Laurie Anderson - Another Day in America
10. Laura Marling - Blackberry Stone
 

também magníficas:
 

- Hot Chip - Take it In
- Zola Jesus - Night
- Joanna Newsom - Good Intentions Paving Company
- New Young Pony Club - Stone
- Royksopp - Senior Living
- Goldfrapp - Dreaming
- Kelis - 4th of July (Fireworks)
- Glasser - Apply
- Yeasayer - O.N.E.
- Beach House - Silver Soul
- Natalie Merchant - Nursery Rhyme of Innocence and Experience
- Charlotte Gainsbourg - IRM
- Erykah Badu - Window Seat
- Arcade Fire - Sprawl II (Mountains Beyond Mountains)
 - Deolinda - Não Tenho Mais Razões
- KT Tunstall - Push that Knot Away
- Katie Melua - The Flood
- Janelle Monae - Cold War
- Blonde Redhead - Love or Prison
- Jónsi - Go Do
- James Blake - Limit To Your Love
- OMD - The Right Side? 
- The National - Afraid of Everyone
- The Knife - Colouring of Pigeons
- John Grant - Marz 
- Devo - Fresh
- Sade - Soldier of Love 


sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Love

Never Let Me Go - ou o que é (o) ser humano


Ironia das ironias, sinto que não tenho muito tempo. Mas fica aqui a promessa de escrever um testamento todo cheio de adjectivos bonitos e lisonjeadores quando se aproximar mais a data de lançamento do filme. Ou quando me livrar mais da faculdade, o que vier primeiro.

Posso dizer que já não me sentia tão positivamente abalado com um filme sobre a eminência da morte desde "Le Temps Qui Reste" do François Ozon. Posso também dizer que os criticismos seriam mais válidos se partissem de alterações que o filme tem em relação ao igualmente brilhante romance de Kazuo Ishiguro e não algo do género "Porque é que eles não fugiram?". A sério, ugh....(culpo os filmes de Michael Bay e 90% da ficção científica) 

P.S. - Criticar o voiceover final é estúpido, embora compreensível - dada a esmagadora subtileza de muito do que vem atrás, pode-se sentir que é um pouco explicado (certamente um pouco mais explicado que no livro). Whatever. 

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Filmes esquecidos: Os Amantes de Maria


O realizador russo Andrey Konchalovskiy é hoje em dia um nome completamente desconhecido até para cinéfilos mais atentos. Mas nos anos 80, era um dos nomes promissores da indústria cinematográfica norte-americana. "Runaway Train", "Shy People", "Duet for One"... "Tango & Cash" (eheh)... 

Konchalovskiy mudou-se para os Estados Unidos após aclamação na sua terra natal. "Maria's  Lovers" foi o seu primeiro filme em território americano, e desde cedo se revela algum estrangeirismo (e não é só nas personagens) nesta história de um ex-combatente (John Savage) que volta finalmente à sua terra e se decide casar com o seu eterno amor, a angelicalmente virgem Maria (Nastassja Kinski). Só que o amor que sente por  Maria não consegue ser consumado. 

O filme cruza traumas de guerra e desejo imaginado vs. desejo real, com algum simbolismo que não será propriamente muito subtil e até algum que nem se sabe até onde pode dar (uma rata ensanguentada....hmmmmmm). A imagem de uma cadeira num monte repete-se, lembrando o culminar de um amor, e um desejo não concretizado. Mas Konchalovskiy reune aqui uma sensualidade e erotismo desconcertantes de uma América que já não existe, num contraste curiosíssimo com a premissa do filme, e tem a sorte de ter actores não só para encorporar uma imagem de lúxuria anti-climática como dotados de todo um potencial dramático que empurra o filme para um patamar superior. Impossível não acreditar no amor que estas duas personagens sentem. E impossível não me perguntar o que é que terá acontecido exactamente às carreiras de John Savage e Nastassja Kinski para nunca terem levantado o voo merecido... 



domingo, 7 de novembro de 2010

Os Miúdos Estão Bem - e as mães?


Um dos títulos cinematográficos mais falados do ano foi mostrado em primeira mão ao público português ontem no Estoril Film Festival. "The Kids Are All Right" (em português "Os Miúdos Estão Bem" - vá lá, parece que alteraram o título anterior "Os Miúdos Estão na Boa"....) merece de facto todos os
elogios que se têm colocado. E não só por ser uma história de uma família nada convencional. Aliás, esse acaba por ser um elemento que vai aos poucos sendo normalizado - há aqui uma noção de chegar às massas que não denegride de todo o produto final. 

As duas mães, interpretadas por duas actrizes no topo das suas carreiras (Annette Bening e Julianne Moore), e os seus dois filhos, cada um concebidos com o (bom) esperma de Mark Ruffalo, formam afinal uma família bastante unida... pelo menos até ao dia em que mais um elemento entra nas suas vidas e começa a destabilizar. Uma histórica tipicamente americana, tipicamente humana, com o toque extra de humanidade e tacto que raramente se viu no ecrã nestas circunstâncias. As situações que o filme vai colocando são hilariantes e gritam por atenção, mas não da forma gratuita que nos vamos habituando a ver. O filme acaba por merecer as gargalhadas, e as personagens que as ocupam. E quanto às "peripécias" que vão surgindo e à resolução que o filme vai tomando, talvez o possível grande ataque que vai tendo dos poucos detractores, basta dizer que não me pareceram de todo forçadas, pelo menos não tão forçadas como qualquer "affair" que se veja no dia-a-dia...  a sexualidade humana é assim manhosa, afinal de contas.

A disfuncionalidade familiar revê-se agora num novo paradigma. Duas lésbicas também têm sexo (por vezes com os estímulos mais confusos). E também acabam por não tê-lo, na altura em que deviam ter. E também têm problemas maritais, como consequência disso. Quem diria... "The Kids Are All Right" não só é um melhores filmes de 2010 como sociologicamente cronica uma nova etapa de evolução humana no grande ecrã, à imagem do que um pequeno título como "Guess Who's Coming to Dinner" anunciava em 1967.  

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Ideias para o futuro - Troca de medicamentos

Quem não tem medicamentos que ficam anos semi-gastos até repararmos neles e verificarmos que já passaram de prazo de validade? E aí, pronto, não há mais nada a fazer. É pegar num saco e levá-los até à farmácia mais próxima.

Pois eu trago uma solução. Com o Natal já quase a chegar - e o Natal dos Hospitais ainda mais perto, e com o bicho da "crise" ainda em alta, convém não gastar muito em prendas. Mas o espírito de troca de prendas nunca deve parar. Sendo assim, que tal trocar medicamentos? Precisa de um Flameril? Eu preciso de um Valium - ou um Valdispert. vá, se não der outra coisa.

Desaparecia o factor aleatório da prenda - afinal, há que tentar dar a quem realmente precisa. E se não houver acordos mútuos a troca não se realiza. Claro que, como em qualquer troca de prendas, deve-se estipular um montante monetário limite (20 euros, por exemplo), para não gerar grandes desigualdades. E Ben-u-ron's não deviam entrar, nesse caso (são baratos, encontram-se em qualquer farmácia, e toda a gente tem pelo menos uma caixa em casa, de qualquer das maneiras).  E claro, ter um nº mínimo de comprimidos. Ninguém quer só 2 ou 3. 

domingo, 24 de outubro de 2010

-

Já me doeu a cabeça. Hoje dói-me o peito. Enquanto desço a rua, relembro flashes. A minha irmã a gritar-me "bicha homossexual" repetidamente sendo eu ainda puto, numa lengalenga melódica. A minha mãe, que numa daquelas discussões que só vai desaparecer quando o Alzheimer me corroer o disco aos 60 anos (se chegar lá...), a dizer que mais valia não me ter tido. Falsos sonhos. Falsas alucinações. Lembranças.  

Afinal, o que é que tenho aqui que valha realmente a pena? Será que estou realmente a aproveitar a minha vida? Termino um curso, digo umas piadas, ganho conhecimentos diversos, finjo que sou alguém, para quê? Sou feliz? Sou triste? Não consigo responder. Também, para quê aproveitar, se mais cedo ou mais tarde seremos todos alimento para minhocas? Talvez seja por isso que seja preciso existir Deus. Se existir de facto algo superior e exterior a nós, espero que pelo menos se esteja a divertir com o espectáculo. Eu também vou tentando apreciar a vida humana, com os seus altos e baixos, às vezes de uma forma passiva, de uma consciência que preferia não ter - de que mais cedo ou mais tarde, também eu irei morrer. 

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Continuo a voltar a isto

Não sei se é nostalgia dos anos 90...

...ou se é pura "fãnzice", mas por muito ar de "same ol', same ol'", o quarto capítulo da saga "Scream" passou a filme mais antecipado de 2011, a par do novo Malick e do novo Cronenberg. Go figure.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Cinema francês em alta (aka Droide in a quickie tour to Festa do Cinema Franciú)

Foram dois filmes, por dois euros no total. Melhor negócio, só quando encontrei o Vespertine da Bejorca na Worten por 99 cêntimos. Ou quando encontrei aqueles dois euros na máquina dos bilhetes do metro... Mas vamos aos filmes então.


Le Refuge



François Ozon sabe como filmar mulheres, está mais que provado. (Mulheres e gays, vá.) Nesta sua mais recente longa-metragem, o realizador volta à figura feminina como centro da narrativa, aproveitando jogar com o ciclo de vida humana - uma morte que por sua vez gera vida, para com ele introduzir figuras desencontradas, que buscam um sentido existencial durante este ciclo. Nada de aparentemente extraordinário ou original, mas como aconteceu com outros dos seus filmes - mais precisamente com o thriller "Swimming Pool" ou o melodrama "Le Temps Qui Reste", a sinopse é enganadoramente simplista, e é apenas um ponto de partida para um caminho que prima em desconstruir relações humanas, afastando-se de telenovelismos e resoluções fáceis. 
Merecidíssimo prémio especial do Júri em San Sebastián, "Le Refuge" tem data de estreia marcada já para a próxima semana. 

4/5



Ma Saison Préferéé



E por falar em relações humanas sérias e "vivas"... eis um dos filmes mais aclamados de André Techiné. Sendo esta a minha primeira amostra deste realizador, posso dizer que fiquei rendido, e a querer descobrir mais do seu cinema (a Cinemateca Portuguesa está a ajudar, com o ciclo que planeia passar toda a sua filmografia ao longo do próximo mês). 
Uma família, várias gerações. Uma matriarca que subitamente desmaia é a desculpa para que dois irmãos (Catherine Deneuve e Daniel Auteuil, magníficos) se reencontrem, levando-os a reviver memórias passadas, ao mesmo tempo que tentam lidar com um presente cada vez menos linear... Mais uma vez, nada que à partida consiga fazer alguém abrir a boca de choque, e mais uma vez, um cenário "familiar" é totalmente reavivado graças a um argumento e uma direcção invejáveis, e que deixam marcas em qualquer um que tenha a sorte de presenciar tamanho presente. Diz Techiné que o filme é autobiográfico. Olhando para as personagens aqui presentes e para as situações de vida aqui retratadas, diria que é um filme acima de tudo universal.  

5/5

domingo, 10 de outubro de 2010

sábado, 9 de outubro de 2010

"Próxima paragem: Campolide. Cuidado com o degrau. "

Eu gostava mesmo de saber o que é que estações de comboios como Campolide têm a mais que as outras não tenham.

Passo a explicar: esta é daquelas raras estações urbanas/suburbanas que ainda hoje se anuncia a diferença entre o chão e a plataforma do comboio. Ora, isto leva-me a pensar: "Será a distância realmente maior?" É que eu confesso: ainda não saí em Campolide, e quando sair será com uma fita métrica, para desvendar este mistério de uma vez por todas... 

Outro exemplo, agora no metropolitano, é a estação de Marquês de Pombal. O mais estranho é que o aviso aqui foi colocado de um dia para o outro. Parece arrepiante? It gets creepier. Não me recordo de outra estação de metro com semelhante aviso. E neste caso, não vejo mesmo qualquer diferença, milimétrica que seja, entre a plataforma do Marquês e, digamos, a plataforma de Bela Vista. 

P.S. - e o tom de voz jocoso da senhora a dizer "cuidado com o degrau"? credo... 

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

"Gostava de saber o que é que pensas da vida"

(Mãe para mim, após passar a noite fora)

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Another Day

And so finally, here we are at the beginning of a whole new era.
The start of a brand new world. And now what? How do we start?
How do we begin again?

There are some things you can simply look up–
Such as the size of Greenland, the dates of the famous nineteenth-century rubber wars,
Persian adjectives, the composition of snow.
And other things you just have to guess at.

And then again today is the day and those were the days and now these are the days.
And now the clock points histrionically to noon. Some new kind of north.
And so, which way do we go?

What are days for? To wake us up.
To put between the endless nights.

And by the way here's my theory if punctuation. Instead if a period at the end of each
sentence there should be a tiny clock that shows you how long it took you to write that
sentence.

And another way to Iook at time is this: There was an old married couple and they had
always hated each other. Never been able to stand the sight of each other really.
And when they were in their nineties they finally got divorced and people said: Why did
you wait so long? Why didn't you do this a whole lot earlier?
And they said: Well, we wanted to wait until the children died.

Ah America! And yes that will be America. A whole new place just waiting to happen.
Broken up parking lots, rotten dumps, speedballs, accidents and hesitations, things left
behind, Styrofoam, computer chips.

And Jim and John, oh they were there. And Carol too, her hair pinned up in that weird
beehive way she liked so much. And Craig and Phil moving at the pace of summer.
And Uncle Al who screamed aII night in the attic. Yes something happened to him in the
war they said over in France. And France had become something we never mentioned.
Something dangerous.

Yes some were sad to see those days disappear. The flea markets and their smells, the war, aII the old belongings strewn out on the sidewalks. Mildewed clothes and old
resentments and ragged record jackets.

And ah these days. AII these days! What are days for?
To wake us up. To put betwen the endless nights.

And meanwhile aII over town checks are bouncing and accounts are being automatically closed. Passwords are expiring. Andi everyone's counting and comparing and predicting. Will it be the best if times? WiII it be the worst of times? Or will it just be another one of those times? Show of hands please!

And ah this world which like Kierkegaard said can only be understood when lived
backwards which would entail an incredible amount if planning and confusion.
And then there are those big questions always at the back of your mind. Thinks Iike: Are
those two people over there actually my real parents? Should I get a second Prius? And
you, you who can be silent in four languages.
Your silence will be considered your consent.

Ah but those were the days before the audience and what the audience wanted.
And what the audience said it wanted.

And you know the reason I really love the stars is that we cannot hurt them.
We can't bum them or melt them or make them overflow.
We can't flood them or burn them up or turn them out.
But we are reaching for them. We are reaching for them.

Some say our empire is passing. As all empires do.
And others haven't a clue what time it is or where it goes or even where the clock is.

And oh the majesty of trees. An unstoppable train. Different colored wonderlands.
Freedome of speech and sex with strangers.

Dear old God, may I call you old? And may I ask: Who are these people? Ah America! We saw it. We tipped it over and then we sold it. These are the things I whisper softly to my dolls, those heartless little thugs dressed in calico kilts and jaunty hats and their perpetual white toothy smiles.

And oh my bothers and oh my sisters. What are days for? Days are where we live.
The flow and then the flow. They come, they fade, they go and they go.
No way to know exactly when they start or when their time is up.

Oh, another day, another dime. Another day in america.
Another day, another dollar. Another day in America.

And oh my bothers and oh my long lost sisters.

How do we begin again? How do we begin?


Another Day in America - Laurie Anderson

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Toy Story 3


Vejam-no. Em 2D ou 3D, em português ou em inglês (em espanhol é que pode perder um pouco da piada numa parte eheh...) - embora eu tenda sempre a priviligiar a língua original. Mas vejam-no. E se no final não lacrimejarem e não sentirem fé renovada no cinema actual, então podem parar de vir aqui. 


quinta-feira, 22 de julho de 2010

Carta aberta

enviada à Plural, produtora da série "Morangos com Açucar". Incentivo a cada um fazer a sua. 

__________

Boa noite,

Venho por este meio expressar o meu desagrado em torno do que é (ou irá ser?) mais um acto de censura na televisão nacional. 

A série "Morangos com Açucar" preparava-se para dar um passo importante na mudança de mentalidades de muitos jovens, mais até do que fez no passado, ao abordar temas como o consumo de drogas, traições, promiscuidade, bullying, etc. - esses estão mais que vistos, em qualquer produção nacional ou internacional. Tratava-se de um simples acto de segundos, mas com uma importância sociológica bastante maior do que se pensa à partida: um primeiro beijo fruto de uma relação amorosa entre dois rapazes. E o que é que decidiram fazer à ultima da hora? Enfiar a cabeça na areia. Ora, mesmo não sendo propriamente um espectador assíduo, deduzo que todos os casais (sérios ou nem por isso) da série tenham tido trocas de beijos, nem que fosse por uma única ocasião...

 ‎"As questões da homossexualidade, da promiscuidade ou da prostituição não têm que ser colocadas na praça pública com este mediatismo", diz-nos o líder da Plataforma Resistência Nacional. Curiosa associação, em primeiro lugar. Comparar homossexualidade com promiscuidade e prostituição (só faltava aqui o 'P' de Pedofilia...) é como comparar uma laranja com um bolo. Até pode ser que as duas entidades se cruzem eventualmente (afinal também não se está para criar uma imagem de "gays" = "santinhos", de todo...), mas é um bocado engraçado reparar que imagem de promiscuidade e sexo fácil que os media passam vem de heterossexuais, porque no fundo é só o que podem passar, compreendo... 

Mas sabem o que é ainda mais engraçado? Constatar que já houve de facto um beijo entre dois rapazes na vossa série. Mais concretamente aqui : http://www.youtube.com/watch?v=XJeEoC0_L4E. A única diferença é que surgiu num contexto de bullying. Por outras palavras, dois rapazes aos beijos pode-se mostrar? Sim, desde que seja visto como castigo. E assim se iluminam cabeças.  

Resta-me então aguardar por melhores tempos, e por séries que tenham realmente a ousadia de mostrar o que outras não mostram... e pelos vistos, não será preciso esperar assim tanto tempo: http://sicblogue.blogspot.com/2010/07/beijo-lesbico-em-lua-vermelha.html


Cumprimentos, 
André
 

segunda-feira, 19 de julho de 2010

O meu festival de Verão

Restrições: pessoas vivas, e que façam tour ou tenham feito nos ultimos anos

Dia 1 (80s power)

Palco Principal
- New Order
- Pet Shop Boys
- Prince

Palco Alternativo
- Cut Copy
- OMD
- Junior Boys
- Hot Chip


Dia 2 (dance dance dance)Palco Principal
- Patrick Wolf
- Peaches
- Nine Inch Nails

Palco Alternativo
- Lykke Li
- Saint Etienne
- Ladytron
- Goldfrapp


Dia 3 (Ladies Night)

Palco Principal
- Robyn
- Kylie Minogue
- Madonna

Palco Alternativo
- Tori Amos
- PJ Harvey
- Bjork
- Bat For Lashes

ok, o orçamento era capaz de ser um pouco mais puxado. Além disso, seria tudo tão bom que se iriam ter de tomar decisões tão complicadas como a de Sofia (de salvar um dos seus filhos): Ladytron e Goldfrapp ou NIN?  Junior Boys e Hot Chip ou Prince? Acima de tudo, estamos a falar de artistas que se dirigem ao mesmo público alvo. Adivinhava-se alguma chacina se um cartaz como este fosse concretizado... 

E vocês, que bandas gostariam de ver num Festival? Qual seria o vosso alinhamento de sonho?

domingo, 11 de julho de 2010

terça-feira, 29 de junho de 2010

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Recomendação musical do mês (ou talvez da vida para uns): Boards of Canada



Ouçam isto, para vosso bem. E sintam-se assustados. 

E já agora, peguem no já (merecidamente) clássico "Music Has The Right to Children" de 1998, que pode ser visto como o irmão "bonzinho" deste.  


quarta-feira, 16 de junho de 2010

terça-feira, 15 de junho de 2010

The Unbelievable Truth

Hal Hartley é subestimado. Existem muito poucos realizadores capazes de fazer duas obras-primas logo nas duas primeiras longas-metragens, e Hartley é um deles (com este filme e "Trust"). 


(Ainda é muito estranho pensar que Adrienne Shelly já não se encontra por cá...  :( )

segunda-feira, 14 de junho de 2010

domingo, 13 de junho de 2010

Obras-primas pop perdidas (2)

Isto devia ter sido single... deve ser a melhor faixa que fez desde o True Colors.



Bem, parece não estar assim tão esquecida :) :

quarta-feira, 9 de junho de 2010

terça-feira, 1 de junho de 2010

Álbuns que já devia ter ouvido na adolescência (7)

Edição dupla dedicada aos Orchestral Manoeuvres in the Dark (ou OMD para os amigos) - mais concretamente às suas duas obras-primas: 






domingo, 30 de maio de 2010

"Now it's dark"



:(

Comentário Eurovisivo

Por onde começar?

Talvez por dizer que mesmo não tendo das canções mais fascinantes da história, a nossa ainda era das melhores a concurso, tentando enxotar patriotismos. Por outras palavras, foi um ano particularmente mau, onde me acabei por ter que agarrar à nossa canção da Disney/versão menor de Sara Tavares, cantada com garra q.b. pela Filipa (que está de parabéns, mais uma vez), e em melhor alternativa tinha um Jason Mraz belga. Acabou por ganhar o fruto rasca mais recente da geração Lily Allen. A música, nem ponho aqui.

Fica aqui outra, já do ano passado, que a par dos nossos Flor De Lis, tinha salvo o espectaculo do "camp" vulgar, sempre associado ao evento. Só para não ter que recuar a memórias mais distantes, como as de Françoise Hardy ou Sandie Shaw...

Eurovision 2009 - Estonia - Urban Symphony - Rändajad - Amazing videos are here

P.S. - fui eu o único a temer a música da Espanha ser tocada uma terceira vez? Cruzes credo. Da próxima vez já se sabe: há que invadir a música de Portugal. Ao menos sempre temos duplo airplay....

terça-feira, 18 de maio de 2010

Portanto

Em resumo, costumo-me interessar por a) pessoas que acabam por não me corresponder (todas); b) pessoas que até parecem corresponder-me durante uns tempos a tomar certas iniciativas mas depois b1) vejo que são do tipo a; b2) dizem não estar interessadas em compromissos, ou não acreditam nessas coisas, e eu fico mesmo a pensar que é uma deixa mais soft para me pôr a pirar. Nice....

sábado, 15 de maio de 2010

Dass... que o álbum todo até se me entranhou

e agora tenho um dilema se devo ou não gostar do David Guetta. 

Raisparta. 


quarta-feira, 12 de maio de 2010

domingo, 9 de maio de 2010

Tenho de parar

1) de acreditar facilmente em petas;

2) de me interessar facilmente por pessoas;

3) de jogar a porra do jogo das jóias no Facebook; 

4) de ouvir Ladytron;

5) de visitar o Facebook umas 23 vezes por dia, ponto;

6) de pensar no que é que eu tenho de parar de fazer

sábado, 8 de maio de 2010

Lyrics time

Say it was your babel
Say it was my babel
It was my babel
Tell all people

Now you know it's over rolling off her shoulder
You can take a ladder to the shadows and forget
Was it how she kissed you and then dismissed you
Was it purposeful and was it just to hook you in

Hallucinating, chasing, changing, racing
Breaking, hating till you lost it all
Where was your girlfriend, he was not your man
Where you were going, you're on your own

He was quick to burning
He was slow to learning
Though inside your misty
He still kissed her when she cried
And did your best to please her
And then get up and leave her
You befriended the harsh way it ended now sleep tight 


Babel - Massive Attack feat Martina Topley-Bird

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Estou musicalmente apaixonado por tudo isto

Playgirl, why are you sleeping in tomorrow's world, hey playgirl

playgirl, why are you dancing when you could be alone, hey playgirl

playgirl, why are you sleeping in tomorrow's world, hey playgirl

playgirl, choking on cigarettes to get you along, hey playgirl


os olhos hipnotizantes de Helen Marnie, o ritmo simultaneamente familiar e fresco, as lyrics.... É Maio, e parece ser um bom período para descobrir Ladytron. 

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Sem comentários


Isto poderia passar por uma piada de 1 de Abril 21 dias atrasada, não fosse de facto real. Bem real. 

Sociedade de merda, que ainda vem argumentar com "lobbies gay", e desdramatizar uma situação destas, quando na volta são os primeiros a atirar uma pedra se virem dois rapazes ou duas raparigas a beijarem-se em público.  

*fim de desabafo pessoal*

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Técnicas maquiavélicas de dar tampa 101

#57: Dar a entender que a paixão é totalmente correspondida durante os primeiros 3 encontros - onde se dá sempre a iniciativa quer para beijos quer para futuros encontros, alimentar, e depois não dizer absolutamente nada os dias seguintes, mesmo quando se insiste em ligar para o telemóvel... Works every time. 

Postem aqui uma que possam ter sofrido recentemente ou há muito tempo - as 6 pessoas que me lêem (uma vez que o cão que está aí ao lado não conta...). 

domingo, 18 de abril de 2010

Katie, a Meloa amadureceu

Se ha uns meses atras me dissessem que a Katie Melua gravaria um single mais que decente, mandava/os verificar o seu estado mental no minimo dos minimos. 

Mas eis que estamos em Abril de 2010 e Katie cria um dos singles e videos mais fascinantes de um ano em si ja rico de confirmacoes.   

*esta msg foi escrita num teclado marado que troca acentos por ]-s e afins. Go me... 

terça-feira, 13 de abril de 2010

Porque às vezes ainda compensa folhear o Folha de Portugal...


aka panfleto da IURD disfarçado de jornal


:D

segunda-feira, 12 de abril de 2010

sábado, 10 de abril de 2010

Hoje

Aconteceu um daqueles momentos em que me fez desejar inventar um botão "freeze". 

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Tokio Hotel

Não se assustem as duas pessoas que aqui me lêem.

Toda a gente sabe a esta altura do campeonato que o melhor do fenómeno Tokio Hotel é poder ver um histerismo de fãs que nunca se viu cá (nem por alturas da "boys band" portuguesa Excesso) - eu pelo menos não me recordo de nada assim. Mais interessante ser este histerismo tão vocal cada vez mais "restrito" - a banda esteve muito longe de esgotar o Pavilhão Atlântico.

Ora vejamos os melhores momentos para analisar melhor a coisa:



"sim... eu tornei o meu sonho realidade... e eu pedi para ele assinar aqui no meu braço, e ele assinou no meu braço, qd ele tocou no meu braço.... *dsfghjgffgh*"

Seguida de:


"Nunca mais vais lavar este braço pois não?"
"Não, nunca mais nunca mais..."
Miúda de 10 anos, que suponho que seja a irma e revela ali um momento de sensatez incrível com uma só frase: "Nunca mais???"

Aquilo parece de facto uma tatoo Chipicao como alguém no youtube alertou e bem! Será o Bill analfabeto?


O que é que aprendemos aqui? Bem, faz bem passar uma semana a acampar no Pavilhão Atlântico para depois perder o lugar... *facepalm* ah, e atenção, que na pior das hipóteses vão para a ultima fila de um concerto meio lotado, que é tipo lá bem no fundo....

E finalmente:

"O que é isto de ter uma adolescente há 2 sem fora de casa? - É bom, ela precisa. É uma boa estudante, é como se fosse umas férias da Páscoa. Em vez de ir para o estrangeiro... " de repente ganhei um pco + de respeito pelos meus pais....


E não, isto não é uma paródia, por muito que pareça.

Albuns que já devia ter ouvido na adolescencia (5)


(assim como outras obras da discografia dos Sparks, a ser descoberta a pouco e pouco...)


terça-feira, 6 de abril de 2010

Dear Andy

Don't you just hate when someone starts sayin' something like "you should change your profile photo, the one you have doesn't suit you..." when you've probably seen that person once live with some luck??? And the only thing we share in common is a Facebook account...? Like, when did you start knowing me, at all? That's the Facebook (Facefuck) generation for you...

Few people know me, I feel. Heck, it took me AGES (aproximately two decades) to actually get to know a little bif of myself. And I'm still scratching the surface.

Change the photo. Change the hair. The shape, the color. Change your style, your clothes. Maybe that way you can become more and more like the person you want me to be(*scratches*) the person you truly are. Yeah, that sounds like a plan...

I'm sitting in a not-so-fancy restaurants area in a not-so-fancy mall, on Easter Day. Not so crowded too. Counting the number of lonely people. Well, there's me, a thirtysomething guy at the front, a waitress in her lunch break that has just left, another guy at the front with a funny hair, a lady eating icecream behind me... well, at least I'm not "alone" right? Then, there are the families and couples who insist on spending the holiday at the top floor of a mall...

The "angry" photo I put recently in my profile, that made that same someone use the phrase "Change it. It doesn't suit you", is actually more suitable than ever now. Oh yes, I'm angry... and worst of all, I don't know who to blame exactly. The world? Human Nature? Our society? My sad parents, who seem more and more perfect for each other as time goes by, such is the wave of aglomerated self-pity and victimization that runs through this house? Perhaps even me?

They called me frustrated, while they keep up with some really weird negative reflexes on even positive actions. (the latest example: after taking the pet out, my dad said I should have took the trash too in a really unthankful manner, when they didn't ask me to do it when I left!)

I can actually understand my dad. A little bit, I mean. My mom broke two bones of her leg and so, she can't cook, walk... she's confined inside a 2nd floor apartment. Of course, it gets hard. But why, WHY does his denied frustration has to go to me? Well, because I'm the only one still in this house, aside from my mom, of course...

I may be frustrated, yeah, but I had good teachers at that. As a consequence, even small stuff like getting to know new people and interact with them is hard. Maybe that explains the fact that I only had one serious relationship, that lasted... less than 3 months - well, and the fact that I'm gay, which makes it 1000x harder to find a good stable love relationship with another man who's not afraid to show his feelings, period. And so, some of the best friends I keep I see them once in a couple of weeks, in a month, or even in a year. Some due to real geographic distances, others I create some of my own. And we talk here, sure, but... is it the same?

And that's in short the story of my life. And since I'm still financially dependent of the parental entities (it's either that or quitting college, getting a job and just move out of here), I'm pretty much screwed for like a year or two.

I'm so sorry if I sounded way too melodramatic or just a good ol' screaming drama queen. Then again, you're not really there, are you?

Cheers

domingo, 4 de abril de 2010

domingo, 21 de março de 2010

Post de vénia ao chocolate preto da Ritter

Boy A

Brilhante. Atenção que o trailer abaixo spoila um pouco a coisa. Está neste momento nos canais TVCine. Preparem as boxes :)


sexta-feira, 19 de março de 2010

Dia do Pai

INT. CASA - HOJE DE MANHÃ

Pai: Podias ter reparado que a cadela tinha espatinhado a cozinha toda (de mijo). Foi a pior coisa que fizeste. Mais valia teres ficado quieto. 


(Feliz Dia do Pai, embora por vezes sinta que falhou algo - afectivamente, quero eu dizer, ainda foste tu a conceber-me I guess...)

O Jantar

Eram 9 pessoas à mesa de um restaurante típico português. Todas com a mesma idade, e todas com algo em comum: há mais de 15 anos atrás, partilharam a mesma turma do Jardim-Escola, uma turma de primária que agora pertence a outra encarnação. 

Talvez isso explique o facto de me considerarem o mais diferente do grupo. É verdade que mudei. Muito. E não só fisicamente. 

Eu era o puto calado, "introvertido", preso à trela da minha mãe (trela essa que se estenderia até ao secundário, e até aos dias de hoje financeiramente...). "Tu não falavas", disse-me uma colega que se casou já no ano passado. O casamento de uma das pessoas faz-me finalmente sentir o peso da idade, por assim dizer.

Lembro-me das festas, das brincadeiras que tivemos (nomeadamente brincarmos aos professores, em que tu, Rita eras das pessoas que corrigia ditados e contas), dos acidentes, das poucas visitas de estudo que podia ir, das actividades de tempos livres, dos casalinhos que eram atribuídos, e anos mais tarde de ter também a consciência que já ali tive uma paixoneta por um puto no bibe azul, que entretanto saiu logo a seguir, a qual veio a ser negada por muitos bons anos... Esta última parte não conto assim muitas vezes, e também sentia-me mal por despejar isto de uma assentada, quando, apesar de essencial à minha pessoa, não é o que sou. (mas lá está, o título do blogue...)

Lembro-me até de ter sido mandado para a rua, por um ataque de riso, na 4ª classe. Foi a primeira e última vez, e talvez merecesse. :) Os outros ataques ("coisas de putos", dirão uns), potencialmente mais traumáticos, também ficaram, mas numa gaveta mais próxima do inconsciente. Não vale a pena trazermos esses para a conversa. Afinal, não fui só eu a mudar nos últimos 15 anos... 

Obrigado a todos pela noite. 

quinta-feira, 18 de março de 2010

Head First - crítica



Era para só escrever um comentário no fim-de-semana, mas após observar o preconceito inerente e hipocrisia em críticas ditas "profissionais" de magazines que já deram nota máxima a álbuns da Mariah Carey (não vale a pena xutar nomes), decidi adiantar-me.

"Head First" é o quinto álbum de Goldfrapp, que para quem ainda não saiba, é um duo composto por Alison Goldfrapp e Will Gregory, e não apenas a primeira, e não apenas a primeira a cantar e o segundo a mexer nuns instrumentos. É um trabalho de verdadeira cooperação, como a música pop mais alternativa não via  num duo desde os bons tempos (sobretudo iniciais)  dos Eurythmics. 


Nos últimos 10 anos, Alison e Will trouxeram-nos um primeiro ovni musical ("Felt Mountain"), seguido de um segundo álbum completamente diferente, já a brincar com o electrónico ("Black Cherry"), e outro com glam à mistura ("Supernature"). Como se não estivessem ainda satisfeitos, ao quarto álbum voltaram-se para um folk psicadélico reminiscente de uns Beatles, com uns vocais que por vezes faziam lembrar Liz Fraser dos Cocteau Twins - o magnífico "Seventh Tree". 

Quintos álbuns são geralmente uma sentença de morte do artista. Sobretudo quando recusam seguir as regras do negócio, e vão alienando facções a facções com cada rumo diferente que seguem. Sobretudo quando a editora pede já um "Greatest Hits"...

Se fossemos a reduzir, diriamos que "Head First" seria um retorno aos tempos electrónicos de "Black Cherry" e "Supernature". Errado. O álbum usa desta vez os sintetizadores para atingir um efeito verdadeiramente jubilante e optimista, mas por outro lado, mais fácil de ser atacado por cínicos que um gajo a cantar Rod Stewart como serenata ao seu amor. 

Alison está verdadeira apaixonada - como os tablóides fizeram questão de salientar e esmiuçar, por uma outra mulher, sim. Talvez todo o álbum seja uma prova de que se podem fazer álbuns magníficos a partir do amor, e não só a partir do desgosto. 


"Rocket", o primeiro single, usa sintetizadores que parecem ter sido tirados de Van Halen. Ao longo de 9 faixas que passam num instante, o álbum referencia nomes que vão desde os ABBA (sendo a faixa título o maior exemplo), Olivia-Newton John, Laura Branigan, ELO, Billy Joel até Suicide, Laurie Anderson, Vangelis (faixas "Shiny and Warm" e "Voicething" respectivamente) , Kate Bush e Giorgio Moroder ("Hunt"), e por aí adiante. Ou seja, basicamente todo o espectro de uma década, com uma enfase arriscada no que hoje é considerado "queijoso" ou "azeiteiro". Alvo fácil, portanto. 

Se Alison e Will decidissem jogar pelo seguro, certamente não se teriam metido por estes terrenos. Jogar pelo seguro aqui seria refazer qualquer um dos outros álbuns, ou ficar-se pelo lado consensual dos 80s. A verdade é que até à altura, Goldfrapp permanecem um dos maiores grupos da cena contemporânea (e o meu duo favorito de sempre) por um grande motivo: nunca repetiram um estilo, e no entanto o álbum seguinte soa sempre como uma "progressão" do anterior (embora "Felt Mountain" ainda seja justamente posto num nível superior). E sendo assim, temos missão mais que cumprida, mais uma vez. :)

 

Choque musical do ano #2: Katie Melua cria uma boa canção

 

cortesia do Sr. William "Ray of Light" Orbit. 

Aqui: http://musicfascination.com/2010/03/17/katie-melua-debuts-new-single-“the-flood”/

*queixo caído*

se o álbum for assim tão bom, estamos perante uma das surpresas mais agradáveis dos últimos anos. Quem diria? 


domingo, 14 de março de 2010

E com a leakagem do novo Goldfrapp...

veio sol :D Timing perfeito para álbum tão primaveril e tão vergonhosamente catchy e rejubilante ahah. 

sexta-feira, 5 de março de 2010

Kiss Kiss Bang Bang

a tarde e a más horas, mas a dar (em princípio). Hoje às 2:08 na RTP1. Gosto sempre destas "horas certas" lol...


quarta-feira, 3 de março de 2010

Eu já sofro do coração...

e metem-me duas bombas num só dia. LOL

ora, sendo rápido: 

 


E............

http://www.nobodysdaughter.com/ é aproveitar e fazer download ainda hoje

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Depois disto, para quê contra-manifestações?

http://www.tvi24.iol.pt/sociedade/lisboa-casamento-gay-familia-referendo-manifestacao-tvi24/1140938-4071.html

A frase: "se houver casamentos entre homens e homens e mulheres e mulheres, quer dizer, daqui a 10 anos não haverá Portugal. Ponto final" LOOOOOOOOOOOOOOOOOOL

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Qual Anticristo qual porra...


EDEN LAKE: Movie Trailer - The funniest home videos are here

Este sim é o filme de terror da década. Este é o verdadeiro Eden assustador, sem necessidades de andar com conversações pseudo-intelectuais sobre religião e o papel das mulheres na sociedade. 

Cru, visceral, actual. Assustador, e arrepiante em retrospectiva, sobretudo quando levado a sério e transportado para o mundo real. E céus, se não consegue pôr a natureza humana mais em cheque que o filme de Von Trier e as suas mutilações repentinas, chocantes e traumáticas, mas também algo inconsequentes...  


P.S. - Gostaria de agradecer a todos os visitantes tímidos. O blogue acabou de ultrapassar as 1000 visitas no espaço de dois meses. São cerca de 16 visitas diárias em média. (com o grande recorde de 36 no dia 6 de Fevereiro... hmmmmmm). Não quis criar um novo post de propósito, não sou assim tão diva :D

Quem me dera

ter um comando remoto para pausar em determinados momentos da minha vida (ou pelo menos prolongar, com um "slow down")...

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Serei só eu...

a fazer a comparação entre


e


?

A comparação vai ficando cada vez mais assustadora à medida que vou descobrindo Eurythmics. 

Senão vejamos:
1. Ambas as bandas começam uma década com um primeiro álbum peculiar, menos comercial, que faz gerar desde logo um culto tremendo, e que muitos até dirão que é ainda hoje o seu melhor trabalho - "In the Garden" vs. "Felt Mountain"

2. Ambas as bandas atingem sucesso comercial ao 2º album. "Sweet Dreams" e "Black Cherry"

3. Após trabalho incrivelmente sólido, mas já a dar atenção aos fãs, fazem um album incrivelmente maduro ("Seventh Tree" vs. "Savage") e mais desconectado das massas, mas que depressa também reune os seus apoiantes. Há muitas vozes sonantes a defender que poderá ser o melhor trabalho da banda, novamente, embora outras se fiquem por uma reacção mais indiferente, queixando-se que a banda já não é a mesma que foi no 1º album. Um álbum que embora gere um consenso muito positivo, acaba por se perder nas listas da década, e por ser algo esquecido...


Espero que isto não signifique que os Goldfrapp terminem tão cedo, e Alison Goldfrapp não precise de se lançar a solo. A parceria continua a dar frutos bem saborosos, mesmo numa faceta já "pop". "Rocket" é mais que Van Halen ou Laura Branigan - é algo que os "Eurythmics" teriam lançado se tivessem achado um portal para o início dos anos 10 após terem feito o "Thorn in My Side", e estivessem apenas há poucos meses cá. E tivessem igualmente achado piada a usar um pouco do sintetizador de "Jump", sim, "for ol' times sake". 


Eurythmics - Thorn In My Side (Official Music Video) - More bloopers are a click away

video do "Rocket" anytime now, espero. 

P.S. - e sim, isto significa que a RFM vai tocar Goldfrapp daqui a uns 20 anos ainda mais do que toca agora. :simsim:

domingo, 14 de fevereiro de 2010

Dia da Disfunção Erectil no Dia dos Namorados

Podiam simplesmente chamar "Dia da Disfunção" (erectil, consumista, etc.), e resolvia-se logo o assunto. 

Como diria Margarida Rebelo Pinto, "não há coincidências". 

I'm fine. 

sábado, 13 de fevereiro de 2010

Talvez a primeira vez que me apaixonei pela bitch


Sade - Soldier Of Love (Official Video)

Enviado por GaGa-Vision. - Ver os últimos vídeos de musica em destaque


Infelizmente, o álbum acaba por não ser tão bom como isto para mim (demasiado monocórdico para o meu gosto; exactamente o que podia esperar dela antes de ter ouvido este single). Mas pela primeira vez, uma canção dela fez-me ouvir o resto do álbum.

sábado, 6 de fevereiro de 2010

Avatar e o seu espaço


Imagem de King Kong (1933)


"The last time I came out of a movie feeling that way it was the first time I saw Star Wars."
Steven Spielberg


"King Kong", "Star Wars", "Jurassic Park", "Matrix"... o que têm estes filmes em comum? 

Muito se tem falado por parte dos detractores de Avatar/James Cameron, que "Avatar" não representa um avanço tão grande para o cinema por falta de substância narrativa. Melhor, por excesso de evidência no conceito de "bem" vs. "mal". (neste caso, bem = o povo de Na'Vi; mal= raça humana) 

Em primeiro lugar, pergunto se as mesmas pessoas a criticarem esta nova versão justificadamente "pulpy" de Pocahontas seriam outras semelhantes (nos seus respectivos tempos) a não ficarem impressionadas com um gorila gigante a atravessar Nova Iorque a fugir dos mauzões dos exploradores, só por questionarem a unidimensionalidade destes. E poderíamos igualmente destroçar os argumentos ou caracterização dos personagens dos restantes filmes acima citados, "Matrix" incluído.  

Interessa por isso colocar este "Avatar" em perspectiva. "Avatar" pode prometer - e cumprir (!) - um avanço tecnológico brutal, abrindo literalmente uma nova dimensão ao espectador. É certo que James Cameron não inventou propriamente a tecnologia 3D - apenas fez o maior uso dela, e trouxe-a a centenas de milhões. Mas nisso estaremos de acordo. 

O que coloca o filme de Cameron a par dos filmes listados acima, é a sua experiência imersiva num novo mundo. E por aquelas três horas, temos a sensação que, não fossem as náuseas advindas do efeito 3D e do próprio cansaço dos olhos, ficaria ali mais horas.  Talvez aqui se explique as depressões relatadas, e o facto de à setima semana, a sessão onde fui continuar esgotada. 

"Avatar" não precisa de outros espaços para se comparar, é certo. Muito menos espaços longínquos, provenientes do cinema de autor que em nada se comparam ao que assistimos aqui. 

"Avatar" é, no entanto, tanto o passado do cinema como o seu futuro. O passado da ficção "pulp", dos super-heróis, do bem vs. mal, da mensagem político-ecológica explícita também, sim. Acima de tudo, o passado da experiência cinéfila pré-cinismo, pré-adulta para os que eram ainda muito novos nos 70s ou 90s - para mim um retorno ao visionamento de filmes como "Jurassic Park", um dos meus filmes favoritos de pré-adolescência por sinal.  

Será um filme menor automaticamente por usar lugares comuns da ficção? Então exclua-se já 90% do cinema, todo ele baseado em arquétipos e clichés. O cinema não é, ou não deve ser, uma fórmula de soma de parcelas, deve ser acima de tudo, e no caso particular do cinema espéctaculo, um escape à realidade, um maravilhamento colectivo.  E isso, meus caros amigos, "Avatar" fá-lo com uma magia que julgava já não ser possível no cinema moderno. 
 

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