quarta-feira, 29 de junho de 2011

1998 - X

Pois, e não é que chegámos ao fim desta brincadeira? Por esta altura, as seis pessoas que lêem regularmente isto perguntam-se quem é que eu deixei de fora. E eu respondo: muito boa gente.

Aqui vai um pedido de desculpas pessoal à Chanita, aos Etienne, à Sheryl, e à senhora das limpezas por ter pisado o chão recentemente lavado com os meus sapatos todo-o-terreno anteontem. Quem apostou nestas tipas para 10º posto, pois.... enganei bem, não enganei? Então, mas quem será afinal de contas?

Ora vejamos... de 1998, e enfrentando mais uma potencial acusação de nostalgia, temos.... "Supposed Former Infatuation Junkie", segundo álbum de Alanis MorreSete, e, potencialmente o seu melhor. Uma viagem à Índia mais proveitosa que a de Julia Roberts, muitas canções sem estrutura clássica (sem refrão), letras muito duras e pessoais, no fundo o meio termo perfeito entre "Globe Sessions" e "Moon Pix"...um álbum corajoso, e talvez a "sequela" mais arrojada de um álbum multimultiplatinado que o mundo musical viu desde "Tusk", dos Fleetwood Mac. Por outras palavras, amo mais este álbum que....10 embalagens de chocolate preto da Ritter (aquela embalagem cor-de-rosa). Que é muito.


Alanis Morissette - Unsent por Warner-Music

E pronto, assim ficamos. Até sempre. Gosto muito de vá, 3 de vocês. Beijinhos, abraços, e apalpões fofinhos aos descomprometidos. Vá. Já podem parar.

terça-feira, 28 de junho de 2011

1998 - IX

Já os Garbage conheci-os logo em 1998, via este "Push It", no Top+ (na altura em que bandas como os Garbage, Massive Attack, Smashing Pumpkins e afins chegavam ao topo das tabelas, ou perto disso - belos tempos). Podem acusar esta escolha de ser nostálgica, mas recentemente escutei o álbum e confirmo: "Version 2.0" permanece praticamente sem falhas para o que se propõe.

Evocando memórias dispersas que vão desde a pop dos Beach Boys (precisamente em "Push It"), aos Depeche Mode ("The Trick Is To Keep Breathing"), passando pela garra de uma Chrissie Hynde nos seus tempos áureos ("Special"), "Version 2.0" é, tal como o título indica, uma versão ligeiramente mais polida do album de estreia da banda, mas não menos brilhante por causa disso. A banda sonora dos 90s passa muito por aqui.

quarta-feira, 22 de junho de 2011

1998 - VIII

Tal como Lucinda Williams, peco por só ter ouvido um álbum dos Mercury Rev ainda. Mas tal como Lucinda Williams, parece que fui logo ao melhor.

"Deserter's Songs" é um álbum que às vezes vive injustamente na sombra de um "The Soft Bulletin" dos The Flaming Lips. O que é muito estranho. Para começar, "The Soft Bulletin" só seria lançado um ano mais tarde. Em segundo lugar, poderia facilmente argumentar que "Deserter's Songs", um pouco mais minimalista (menos bombástico) que "Bulletin", é ainda o melhor álbum dos dois.


terça-feira, 21 de junho de 2011

1998 - VII

"Car Wheels on a Gravel Road" permanece um pico para Lucinda Williams, um pico que muitas artistas matariam para alcançar.

Ainda assim, o seu nome não é facilmente ouvido por estas bandas. Talvez se explique pelo facto de Lucinda trabalhar em dois géneros muito... americanos ("country" e "blues"). De facto, se não fossem as listas de melhores álbuns lá fora, eu permaneceria sem a conhecer. E isso seria uma valente perda. Sendo assim, se conseguir espicaçar o interesse de pelo menos uma pessoa neste álbum, penso que já fiz a boa acção do dia.




(2 Kool 2 Be 4-Gotten indeed)

segunda-feira, 20 de junho de 2011

1998 - VI

E chegou a vez dos Massive Attack e do seu revolucionário "Mezzanine". Contando com colaborações de nomes como os de Elizabeth Fraser (dos Cocteau Twins), Mezzanine é um disco tão sujo como estranhamente orgânico dentro do seu pulsar milimétrico... e também electrónico para não variar (as seis pessoas que lêem isto estarão a notar um padrão...?). Ao contrário dos Air, os Massive já tinham tido o seu "breakthrough" com o igualmente impactante "Blue Lines". Entre um e outro álbum, conta-se muita da história do "trip-hop" e da sua evolução.

Senhoras e senhores, eis "Teardrop" com a sempre belíssima voz de Liz Fraser, um tema que serviu de introdução a muito boa gente ao universo da banda, incluindo um rapaz de 12 anos que na altura ficou fascinado com o que via no "Top +":

domingo, 19 de junho de 2011

1998 - V

Permanecemos ainda em território electrónico, agora com o álbum revelação do duo francês Air: "Moon Safari". De "Moon Safari" não há muito mais a dizer do que já todos deviam saber. Ainda um clássico incontestável, ainda gerador de memórias de vários serões e banda sonora de paixões e paixonetas passadas. Ficamos então com um dos temas e vídeos de toda uma década, "All I Need":

quinta-feira, 16 de junho de 2011

1998 - IV

Tori Amos, ou a glória dos anos 90. Cinco álbuns, qual deles o melhor (ou o pior?)... E mesmo num ano tão forte como o de 1998, "From the Choirgirl Hotel" seria uma omissão inimaginável.

À semelhança de Madonna e PJ Harvey, Tori vira-se também aqui para as electrónicas (uma tendência para este ano), não esquecendo contudo o piano que a fez famosa. Abaixo fica "Spark", o primeiro single retirado deste álbum, e um bom exemplo de uma Tori ainda mais disposta a experimentar - que culminaria na minha opinião em "To Venus and Back" um ano mais tarde. A partir daí, teve uma filha, o que lhe terá mudado os chakras todos - em termos pessoais parece bem, em termos artísticos esta maturidade e aparente felicidade teve efeitos mais negativos - sobretudo se compararmos qualquer um dos álbuns posteriores aos cinco que lançou na década de 90. *

* - ainda assim, "Scarlet's Walk" é um genuíno bom álbum, deve-se referir.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

1998 - III

PJ Harvey pode bem ser a artista mais consistente e multifacetada que o mundo musical já viu desde a Mãe Kate (com a vantagem de ainda não se ter ausentado mais de 5 anos entre álbuns e de.... tocar ao vivo - mesmo que depois fuja dos fãs. Mas isso é outra história.).

Pensando bem, já fez de tudo: "noise", rock cru, rock pop, piano, folk, blues, canções guerrilha e em "Is This Desire?", ainda o álbum favorito aqui do "je" (e da própria Polly também), aventura-se ainda mais pela electrónica que já tinha começado a explorar em "To Bring You My Love". É até o álbum à partida mais diverso dela, o que parece implicar pouca coesão. Au contraire - a ligar tudo estão histórias, no verdadeiro sentido da palavra, de mulheres (Angelene, Leah, Elise, Joy, ... ) e do amor que as une e desune - a pessoas ou à vida no limite. Eis uma que virou single:


Pj Harvey - A Perfect Day Elise por popefucker

terça-feira, 14 de junho de 2011

1998 - II

Boards of Canada foi uma descoberta algo tardia por estas bandas. Mas como já dizia o outro, "antes tarde que nunca", e com toda a razão. E até agora, permanecem intocáveis: 3 LPs, 3 drogas potentes, com um favorito pessoal a cada mês, a cada alteração de estado (facebookiano ou nem por isso), se for preciso.

Uma das particularidades que liga muitas destas 10 escolhas é o facto da música não só ter a capacidade de transformar estados de espírito, como a cada disposição nova, a música nos soar diferente. E "Music Has The Right to Children", magnífico primeiro LP deste duo electrónico, é porventura, o maior exemplo de todos. E ao ouvir músicas como esta, acreditamos de facto, que a música em si pode ser a melhor droga do Universo:




segunda-feira, 13 de junho de 2011

1998 - I

10 músicas. De 10 obras-primas (ou muito perto desse estatuto) de 1998. Tentando capturar o melhor do melhor ano para a música, na opinião deste "blogueiro".

Começamos com
Madonna, no seu álbum mais maduro - "Ray of Light". Em 1998, a rainha da pop encontra uma nova espiritualidade e uma nova voz (figurativamente e literalmente), e entrega uma das maiores obras-primas do género e não só. Eis "Drowned World/Substitute for Love", a faixa de abertura do álbum:

segunda-feira, 6 de junho de 2011

California

Porque California não merece ser lembrada por um êxito trashy de Katy Perry, eis três visões distintas e igualmente avassaladoras sobre um mesmo estado, separadas por quatro décadas:








quinta-feira, 2 de junho de 2011

Suede


Suede
You always felt like suede
There are days I feel your twin
Peekaboo
Hiding underneath your skin
Jets are rewing
Yes rewing
From a central source
And this has power over me
Not becuase you feel something
Or don't feel something for me
But becuase
Mass so big it can swallow
Swallow her whole star intact
Call me 'evil' call me 'tide is on your side'
Anything that you want
Anybody knows you can conjure anything
By the dark of the moon
Boy and if you keep your silence
Silencer on you'll
Talk yourself right into a job
Out of a hole
Into my bayou
I'm sure that you've been briefed
My absorption lines
They are frayed
And I fear
My fear is greater than my faith
But I walk
The missionary way
You always felt like suede
There are days I am your twin
Peekaboo
Hinding underneath your skin
Juets are rewing
Yes rewing
From an ether twist
Call me 'evil' little sister
I guess i'd do the same
Little sister
You'll forgive me one day




 

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