domingo, 10 de fevereiro de 2013

O sexo e a hipsterlândia



Há algo de desconcertante em ver um episódio de "Girls", série da HBO sobre um grupo de 4 raparigas à deriva na cidade de Nova Iorque que conquistou já a crítica (e arrecadou já este ano o Globo de Ouro para Melhor Série de Comédia). Soa familiar? Pois deve soar: afinal, foi a mesma HBO que há uns 15 anos atrás trouxe umas raparigas um pouco mais velhas ao pequeno ecrã, e nos fez olhar para a nova mulher cosmopolita. 




Bem, "Girls" é também cosmopolita, e as suas quatro jovens diferentes umas das outras (a virgem, a assente, a louca e a protagonista, a "gorda" que não é gorda, que acumula um pouco de tudo no fundo, e acaba por fazer melhor de espelho ao espectador comum que uma Carrie Bradshaw...) mas substitui a superficialidade dos "cupcakes" e "Cosmo"'s por um artifício "hipster", que a cada episódio, vai lutando com a real genuinidade de muitos dos seus diálogos, trazendo o tal efeito... desconcertante. Mas é também este jogo de artifícios com momentos verdadeiramente pungentes que nos faz voltar semana a semana, e apreciar um pouco mais este mundo tão fora do nosso alcance, mas que acreditamos que exista.



  
 

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