sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Ideias para o futuro - Troca de medicamentos

Quem não tem medicamentos que ficam anos semi-gastos até repararmos neles e verificarmos que já passaram de prazo de validade? E aí, pronto, não há mais nada a fazer. É pegar num saco e levá-los até à farmácia mais próxima.

Pois eu trago uma solução. Com o Natal já quase a chegar - e o Natal dos Hospitais ainda mais perto, e com o bicho da "crise" ainda em alta, convém não gastar muito em prendas. Mas o espírito de troca de prendas nunca deve parar. Sendo assim, que tal trocar medicamentos? Precisa de um Flameril? Eu preciso de um Valium - ou um Valdispert. vá, se não der outra coisa.

Desaparecia o factor aleatório da prenda - afinal, há que tentar dar a quem realmente precisa. E se não houver acordos mútuos a troca não se realiza. Claro que, como em qualquer troca de prendas, deve-se estipular um montante monetário limite (20 euros, por exemplo), para não gerar grandes desigualdades. E Ben-u-ron's não deviam entrar, nesse caso (são baratos, encontram-se em qualquer farmácia, e toda a gente tem pelo menos uma caixa em casa, de qualquer das maneiras).  E claro, ter um nº mínimo de comprimidos. Ninguém quer só 2 ou 3. 

domingo, 24 de outubro de 2010

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Já me doeu a cabeça. Hoje dói-me o peito. Enquanto desço a rua, relembro flashes. A minha irmã a gritar-me "bicha homossexual" repetidamente sendo eu ainda puto, numa lengalenga melódica. A minha mãe, que numa daquelas discussões que só vai desaparecer quando o Alzheimer me corroer o disco aos 60 anos (se chegar lá...), a dizer que mais valia não me ter tido. Falsos sonhos. Falsas alucinações. Lembranças.  

Afinal, o que é que tenho aqui que valha realmente a pena? Será que estou realmente a aproveitar a minha vida? Termino um curso, digo umas piadas, ganho conhecimentos diversos, finjo que sou alguém, para quê? Sou feliz? Sou triste? Não consigo responder. Também, para quê aproveitar, se mais cedo ou mais tarde seremos todos alimento para minhocas? Talvez seja por isso que seja preciso existir Deus. Se existir de facto algo superior e exterior a nós, espero que pelo menos se esteja a divertir com o espectáculo. Eu também vou tentando apreciar a vida humana, com os seus altos e baixos, às vezes de uma forma passiva, de uma consciência que preferia não ter - de que mais cedo ou mais tarde, também eu irei morrer. 

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Continuo a voltar a isto

Não sei se é nostalgia dos anos 90...

...ou se é pura "fãnzice", mas por muito ar de "same ol', same ol'", o quarto capítulo da saga "Scream" passou a filme mais antecipado de 2011, a par do novo Malick e do novo Cronenberg. Go figure.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Cinema francês em alta (aka Droide in a quickie tour to Festa do Cinema Franciú)

Foram dois filmes, por dois euros no total. Melhor negócio, só quando encontrei o Vespertine da Bejorca na Worten por 99 cêntimos. Ou quando encontrei aqueles dois euros na máquina dos bilhetes do metro... Mas vamos aos filmes então.


Le Refuge



François Ozon sabe como filmar mulheres, está mais que provado. (Mulheres e gays, vá.) Nesta sua mais recente longa-metragem, o realizador volta à figura feminina como centro da narrativa, aproveitando jogar com o ciclo de vida humana - uma morte que por sua vez gera vida, para com ele introduzir figuras desencontradas, que buscam um sentido existencial durante este ciclo. Nada de aparentemente extraordinário ou original, mas como aconteceu com outros dos seus filmes - mais precisamente com o thriller "Swimming Pool" ou o melodrama "Le Temps Qui Reste", a sinopse é enganadoramente simplista, e é apenas um ponto de partida para um caminho que prima em desconstruir relações humanas, afastando-se de telenovelismos e resoluções fáceis. 
Merecidíssimo prémio especial do Júri em San Sebastián, "Le Refuge" tem data de estreia marcada já para a próxima semana. 

4/5



Ma Saison Préferéé



E por falar em relações humanas sérias e "vivas"... eis um dos filmes mais aclamados de André Techiné. Sendo esta a minha primeira amostra deste realizador, posso dizer que fiquei rendido, e a querer descobrir mais do seu cinema (a Cinemateca Portuguesa está a ajudar, com o ciclo que planeia passar toda a sua filmografia ao longo do próximo mês). 
Uma família, várias gerações. Uma matriarca que subitamente desmaia é a desculpa para que dois irmãos (Catherine Deneuve e Daniel Auteuil, magníficos) se reencontrem, levando-os a reviver memórias passadas, ao mesmo tempo que tentam lidar com um presente cada vez menos linear... Mais uma vez, nada que à partida consiga fazer alguém abrir a boca de choque, e mais uma vez, um cenário "familiar" é totalmente reavivado graças a um argumento e uma direcção invejáveis, e que deixam marcas em qualquer um que tenha a sorte de presenciar tamanho presente. Diz Techiné que o filme é autobiográfico. Olhando para as personagens aqui presentes e para as situações de vida aqui retratadas, diria que é um filme acima de tudo universal.  

5/5

domingo, 10 de outubro de 2010

sábado, 9 de outubro de 2010

"Próxima paragem: Campolide. Cuidado com o degrau. "

Eu gostava mesmo de saber o que é que estações de comboios como Campolide têm a mais que as outras não tenham.

Passo a explicar: esta é daquelas raras estações urbanas/suburbanas que ainda hoje se anuncia a diferença entre o chão e a plataforma do comboio. Ora, isto leva-me a pensar: "Será a distância realmente maior?" É que eu confesso: ainda não saí em Campolide, e quando sair será com uma fita métrica, para desvendar este mistério de uma vez por todas... 

Outro exemplo, agora no metropolitano, é a estação de Marquês de Pombal. O mais estranho é que o aviso aqui foi colocado de um dia para o outro. Parece arrepiante? It gets creepier. Não me recordo de outra estação de metro com semelhante aviso. E neste caso, não vejo mesmo qualquer diferença, milimétrica que seja, entre a plataforma do Marquês e, digamos, a plataforma de Bela Vista. 

P.S. - e o tom de voz jocoso da senhora a dizer "cuidado com o degrau"? credo... 

 

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