(dedicado à rapariga que está há uns bons meses a distribuir folhetos de dentista à saida do metro de Alameda para quem vai para a Praça de Londres)
Todos os dias encontro-te na multidão
Lá estás tu ao cimo das escadas
Sempre sofrida e forçada
Quando te vais embora, ó rapariga?
Flux é o nome do que distribuis
Eu olho para ti e vou aceitando o papel
Na esperança de atenuar o teu sofrimento
E de te despachar desta carga
Quando é que os teus sonhos se tornam realidade?
Será quando a minha realidade se tornar sonho?
Fico sem saber como és
E ao mesmo tempo vejo-te quando muitos viram as costas
Andas sempre sofrida e forçada
Como quem carrega na mão
O peso de múltiplos desgostos
Para ti um trabalho, para mim uma divagação
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