terça-feira, 27 de maio de 2008

A ladra de músicas e corações

(perdoem-me as fracas imagens, mas foi o que se pôde arranjar com o meu telemovel. Resolução: arranjar uma máquina digital para a próxima. )





Há uns tempos atrás, a propósito do lançamento de "Jukebox", o seu mais recente álbum de "covers", tinha dito que Cat Power era uma ladra de canções. No melhor dos sentidos, entenda-se. Isto porque esta rapariga ora frágil que se tenta esconder atrás de um coração de metal (mas não consegue), ora capaz de puxar por uma multidão de milhares de pessoas como uma verdadeira diva, tem aquele condão raro de se apropriar de músicas alheias e torná-las suas dando-lhes uma nova roupagem, ao ponto de não reconhecermos já as músicas originais. Facto ainda mais curioso e fascinante para este modelo de reinvenção: Cat Power - ou Chan Marshall se preferirem - faz "covers" de músicas da sua própria autoria.



Se ainda alguém tinha dúvidas que Chan Marshall era uma
intérprete, elas terão ficado desfeitas com o concerto de ontem à noite. O suspense dos primeiros minutos e os longos minutos de espera deram lugar a uma entrada triunfal da mulher que no passado terá chegado a desiludir muitos com as suas pancadas (como parar de cantar músicas a meio) - pessoalmente eu até gosto de pancadas. Mas Chan portou-se bem desta vez pelo menos. E deu-me uma estreia memorável nestes concertos de elite. Só faltou mesmo dar-lhe uma palavra e tocar-lhe. Eu ensinava-lhe a dizer como se ligam as luzes todas do coliseu em português.






"Obrigada, obrigada."
Obrigado eu.

1 comentário:

Isobel disse...

Excelente concerto.... até me parece que me lembro de ti, estava cá em cima e lembro-me da primeira fila... hi, hi, hi!

 

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