Existem dois tipos de artistas:
a) Artistas chamados "camaleão", que se transformam álbum a álbum, explorando novos sons à medida que vão construindo a sua carreira (PJ Harvey, David Bowie, ...);
b) Artistas que se colam desde cedo a um som ou movimento.
Geralmente, a crítica musical possui um chavão que diz claramente preferir artistas do tipo A, obscuros ou não tão obscuros (os dois exemplos acima citados são prova disso). E digo geralmente, porque de vez em quando existe um lapso de lógica, e a mesma crítica que deita abaixo certos artistas por se repetirem, aplaude no minuto seguinte outros artistas por explorarem o mesmo som até à exaustão...
Atenção: não vou com isto pedir à classe jornalística a coerência que eu próprio muitas vezes não possuo. Até porque, na minha óptica, a música (e a arte no geral) deverá ser o último sítio para se pedir alguma lógica, chavões aparte. A música é para se ser sentida. A música é pessoal. Tem sempre uma história por detrás de determinada canção ou artista para contar... E todos nós temos as nossas "discriminações" pessoais com artistas, convenha-se. É humano.
O que se passa é que em "Bloom", quarto álbum de Beach House (uma das minhas novas bandas favoritas dos últimos anos, saliente-se!), o sentimento encontra-se muito... abafado.
Acho que todos conseguimos admitir, ao fim de quatro álbuns, que os Beach House são uma banda do tipo B. Nada de mal com isso, diria eu. Afinal, há quem possa argumentar que algumas das melhores bandas da história da música pop-rock o foram (Cocteau Twins, Siouxsie and the Banshees, etc.) - bandas que em muitos casos estiveram na base da invenção do seu som! O problema é quando à repetição não se acrescenta minimamente nada. Zero. E "Bloom" infelizmente padece desse mal de ser uma cópia chapada e deslavada do predecessor "Teen Dream" e de um outro ainda pior - falta-lhe momentos que se destaquem no ouvido, o que nunca, nem mesmo nos seus últimos álbuns, faltou à banda escocesa liderada por Liz Fraser, convenha-se. É tudo muito linear. E se a dupla Victoria Legrand e Alex Scally continua a fazer música "bela", agora está a fazer a música que os seus detractores sempre os acusaram: indutora de estados narcolépticos - o que os seus apoiantes agora apelidam de "subtil".
Atenção: não vou com isto pedir à classe jornalística a coerência que eu próprio muitas vezes não possuo. Até porque, na minha óptica, a música (e a arte no geral) deverá ser o último sítio para se pedir alguma lógica, chavões aparte. A música é para se ser sentida. A música é pessoal. Tem sempre uma história por detrás de determinada canção ou artista para contar... E todos nós temos as nossas "discriminações" pessoais com artistas, convenha-se. É humano.
O que se passa é que em "Bloom", quarto álbum de Beach House (uma das minhas novas bandas favoritas dos últimos anos, saliente-se!), o sentimento encontra-se muito... abafado.
Acho que todos conseguimos admitir, ao fim de quatro álbuns, que os Beach House são uma banda do tipo B. Nada de mal com isso, diria eu. Afinal, há quem possa argumentar que algumas das melhores bandas da história da música pop-rock o foram (Cocteau Twins, Siouxsie and the Banshees, etc.) - bandas que em muitos casos estiveram na base da invenção do seu som! O problema é quando à repetição não se acrescenta minimamente nada. Zero. E "Bloom" infelizmente padece desse mal de ser uma cópia chapada e deslavada do predecessor "Teen Dream" e de um outro ainda pior - falta-lhe momentos que se destaquem no ouvido, o que nunca, nem mesmo nos seus últimos álbuns, faltou à banda escocesa liderada por Liz Fraser, convenha-se. É tudo muito linear. E se a dupla Victoria Legrand e Alex Scally continua a fazer música "bela", agora está a fazer a música que os seus detractores sempre os acusaram: indutora de estados narcolépticos - o que os seus apoiantes agora apelidam de "subtil".
"Dream pop"? Sem dúvida. Mas desta vez o sonho é claramente mais interno.
5/10
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