Anna Calvi, PJ Harvey, Cut Copy, James Blake, Destroyer, ... muitos são os nomes que estão a dominar já as conversações musicais neste início de 2011.
Infelizmente, temo que o nome de Joan Wasser vá mais uma vez ser passado ao lado. Com "Real Life", o primeiro (excelente) álbum lançado 2006, antes da explosão de estrelas femininas britânicas pop/indie-pop de carinha laroca (a começar por Lily Allen e a ameaçar não ter fim), Joan as Police Woman conseguiu aí chamar algum foco merecido de publicações mais alternativas.
Mas o hype acabou por morrer um pouco com "o fenómeno Lily Allen", e a aparente indiferença com que foi recebido o seu segundo álbum e agora este "The Deep Field", mostram isso.
Infelizmente, porque "The Deep Field" arrisca-se a ser o melhor álbum que ninguém mais ouviu em 2011. Marcado por uma maturidade assombrosa face ao seu debut, e por uma mudança de som mais orientada desta vez mais para a soul e o rock progressivo dos anos 70 - demonstrados em máximo potencial em faixas como o single "The Magic" ou o hipnotizante "Flash", este deveria ser o álbum que finalmente a punha no mapa internacional. Não há aqui uma faixa que me tenha deixado indiferente, ao fim de duas escutas. E no entanto, quantos saberão que este álbum já se encontra à venda há três semanas? Leu-se uma ou outra crítica inconsequente a falar em "álbum do ano", sim, é verdade, mas lá está, é uma publicação com 1% da influência de uma Pitchfork.
Olhando para o copo como estando meio cheio, isto ainda permite que a menina se desloque cá cinco vezes (!), e para concertos relativamente baratos num bar, num cine-teatro e num auditório (dentro de um casino). Haja algo a ganhar com a indiferença e a não presença em "polls" de "Som do Ano"...
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