quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Em defesa de... Autoamerican, Blondie (1980)


Vou ser muito sucinto. "Parallel Lines" é e será sempre O marco da história dos Blondie. "Eat to the Beat" é também um excelente "follow-up", embora a repetir um pouco a fórmula, salvo ali num ou outro momento ("Victor"'?).

E eis que chegamos a este "Autoamerican", que teria o meu título de álbum mais esquisito que ouvi nos meus 25 anos se não fosse o facto de "Trout Mask Replica" há uns dias atrás lhe ter roubado o título... Mas digamos então da seguinte maneira: "Autoamerican" é dos álbuns mais esquisitos, o mais subestimado e o mais apetecível que ouvi nos meus 25 anos. Será também o álbum mais arrojado da sua carreira, a marcar ali uma clara colisão com o que veio antes.


De que outro modo é que se pode descrever um álbum que começa com uma faixa inspirada por Brian Eno ("Europa"), e pelo meio atravessa géneros de música como chamber pop, jazz, disco, bastantes ecos do new wave que tão bem aperfeiçoaram (em "growers" como "Angels in the Balcony" e "Go Through It"), e explora ainda novos caminhos, como o reggae e o rap? Olhe-se para "Rapture", um single indiscutivelmente icónico por marcar precisamente uma das primeiras ocasiões em que o "rap" é introduzido no "mainstream" (primeiro single "rap" no #1 da Billboard). "The Tide is High", transformado entretanto em "hit" de "drunk karaoke", é outro dos singles que encontramos aqui. Olhando para estes dois, reparamos claramente no choque entre os Blondies que encontrávamos há um álbum atrás, e uns Blondie de 1980.

"Autoamerican" é quase o sonho molhado de um audiófilo eclético, portanto. Será um disco perfeito? Não. Mas acaba por ser melhor que isso, em muitos aspectos. Acaba por ser uma surpresa agradável para quem vinha com uma ideia bastante negativa dele. Acaba também por ser o último sinal de grandeza de uma banda que viria pouco depois a separar-se pela primeira vez. E se o novo álbum tiver metade do arrojo deste, já me dou por satisfeito. Over and out.


sábado, 12 de fevereiro de 2011

Joan as Police Woman


Anna Calvi, PJ Harvey, Cut Copy, James Blake, Destroyer, ... muitos são os nomes que estão a dominar já as conversações musicais neste início de 2011.

Infelizmente, temo que o nome de Joan Wasser vá mais uma vez ser passado ao lado. Com "Real Life", o primeiro (excelente) álbum lançado 2006, antes da explosão de estrelas femininas britânicas pop/indie-pop de carinha laroca (a começar por Lily Allen e a ameaçar não ter fim), Joan as Police Woman conseguiu aí chamar algum foco merecido de publicações mais alternativas.


Mas o hype acabou por morrer um pouco com "o fenómeno Lily Allen", e a aparente indiferença com que foi recebido o seu segundo álbum e agora este "The Deep Field", mostram isso.


Infelizmente, porque "The Deep Field" arrisca-se a ser o melhor álbum que ninguém mais ouviu em 2011. Marcado por uma maturidade assombrosa face ao seu debut, e por uma mudança de som mais orientada desta vez mais para a soul e o rock progressivo dos anos 70 - demonstrados em máximo potencial em faixas como o single "The Magic" ou o hipnotizante "Flash", este deveria ser o álbum que finalmente a punha no mapa internacional. Não há aqui uma faixa que me tenha deixado indiferente, ao fim de duas escutas. E no entanto, quantos saberão que este álbum já se encontra à venda há três semanas? Leu-se uma ou outra crítica inconsequente a falar em "álbum do ano", sim, é verdade, mas lá está, é uma publicação com 1% da influência de uma Pitchfork.

Olhando para o copo como estando meio cheio, isto ainda permite que a menina se desloque cá cinco vezes (!), e para concertos relativamente baratos num bar, num cine-teatro e num auditório (dentro de um casino). Haja algo a ganhar com a indiferença e a não presença em "polls" de "Som do Ano"...

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Nesta edição de "Filmes meio trashy mas que paramos para ver. Vezes sem conta"...

Um pormenor nada secundário: Desmond Harrington é, para além de um pequeno recordista neste género, das pessoas mais sexy rejeitadas pela indústria. O mesmo para Eliza Dushku.

 

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