quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

"Como estás?"/"Tudo bem?"

Parece que é algo obrigatório no início de uma conversa, antes de se falar do tempo, do resultado do Benfica, do episódio de ontem à noite da novela ou de como correu o exame que se fez. 

"olá"
"como estás?"

ou 

"ola"
"td bem (ctg)?"

Muitas das vezes pode até ser justificada e sentida(!) esta frase. Quando já não vemos uma pessoa há muito tempo (digamos semanas, meses, ANOS), ou quando esta acabou de passar um período terrível. 

Mas quando se fala com a mesma pessoa diariamente, já parece menos verdadeiro. Não sei se é da repetição constante das palavras, que cansam inevitavelmente. Eu próprio fiz e tenho a impressão que continuo a fazer isto, nem que seja o obrigatório "sim...e contigo?". Mas porquê? Será mesmo sentido muitas das vezes? Fará mesmo sentido? Será que não se pode passar logo ao que se quer? 

Pior que a pergunta, é a resposta obrigatória "Sim", com ou sem reticências (não que seja um pormenor dispensável - faz até toda a diferença). Antes as reticências. Mas sim, cheguei a uma fase em que só me apetece dizer "Não. Estou na merda, a recuperar mas ainda doente de não sei bem o quê... só sei que deito coisas ranhosas por todos os buracos. E ainda por cima, sinto-me profundamente sozinho apesar destas múltiplas conversas de ocasião em múltiplas janelas de messenger." 

Será que estou a atravessar uma fase demasiado anti-social e anti-cliché? 

2 comentários:

Anónimo disse...

Acabaste de descrever a maioria das minhas conversas de hoje em dia, a diferença sendo que não me coíbo de responder "não" se não me sentir bem.

O que acontece ser a maior parte do tempo.

As melhoras;)

Hernâni Gomes disse...

realmente, se bem que a ti respondo que sim e depois explico porque não, o que nao acontece com muita gente (elogio)

tem um bom dia

 

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