quinta-feira, 3 de abril de 2008
Roupas
Confesso que foi já muito tarde que comecei a decidir comprar roupas por mim mesmo e apenas com a minha opinião a contar à partida. E quando digo tarde, digo mesmo muito tarde (há menos de um ano!).
Anteriormente, e na melhor das hipóteses, ia com a minha mãe às compras (à grande Feira do Relógio por exemplo :D) e aproveitava-se para escolher e experimentar roupa. Mas era uma decisão sempre conjunta, até porque a minha mãe sempre quis dar a entender a mim e à minha irmã que conseguia ter um melhor gosto do que nós os dois juntos. E surgiam as típicas discussões ("Mãe, não gosto disso...", "isso não me serve..."). E antes que comecem a pensar "que raio de menino da mamã", creio que era mais desleixado... até porque precisava de dar razão ao facto de ninguém parecer gostar de mim, e por isso não investia nada do dinheiro que ganhava no que vestia, mas sim no que via/ouvia. Sempre fui um rapaz mais ligado a outro tipo de artes que à moda, pronto.
Ainda me lembro das primeiras peças de roupa que comprei: duas t-shirts, uma vermelha e uma preta (duas das minhas cores favoritas por sinal), muito simples e baratas. Desde então fui remodelando um bocado o guarda-roupa por mim mesmo, e ainda hoje voltei a adicionar mais dois items. Por uma mera necessidade de me actualizar, de vestir algo de novo, mais do que para estar na moda, ou estar consensualmente mais bonito. Afinal ainda tenho ali camisas de flanela que parecem ser do tempo em que o Kurt Cobain ainda era uma lenda viva do grunge - literalmente. No entanto, não consigo ainda deitar roupa de ultimos anos para o lixo, o que para certas pessoas seria algo completamente "out". Gosto muito de misturar o novo como antigo, e vou ainda aproveitando peças "vintage", integrando-as em novos conjuntos. Acho que para mim a moda não é ver passar modelos anorécticas e Ken's com fatos de estilistas conceituados. Nada contra o trabalho deles, que respeito bastante, mas acredito que a moda está em cada um de nós, no que nós realmente gostamos e não no que a sociedade nos diz para gostar. Fim de frase "lameches". Não é uma questão (só) de forretice. Que mundo aborrecido - e empobrecido, sim - seria se gostássemos todos de fatos que custam centenas de euros!
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